Discurso do Presidente do Azerbaijão Heydar Aliyev na Cerimônia Solene de Comemoração pela Extração Inicial do Petróleo Relacionado ao "Contrato do Século". 12 de novembro de 1997


Prezados senhoras e senhores!

Estimados visitantes e queridos amigos!

No dia 20 de setembro de 1994 aconteceu um evento histórico na trajetória do Azerbaijão. Um consórcio, constituído de 11 grandes companhias petrolíferas pertencentes a 7 países diferentes, assinou um contrato com a República do Azerbaijão através da Companhia Estatal de Petróleo do Azerbaijão para as explorações conjuntas das reservas petrolíferas "Azeri", "Chirag" e nas águas profundas da reserva "Guneshli" no setor azerbaijano do Mar Cáspio. Este contrato foi chamado "Contrato do Século" e causou repercussão no mundo inteiro. Uma empresa foi fundada, a Companhia Operacional Internacional do Azerbaijão, com o fim de executar este contrato.

As companhias e os países incluídos neste contrato e o Consórcio são bastante conhecidos. As bandeiras desses países estão asteadas e os emblemas das companhias podem também ser vistos aqui. Estas companhias são "Amoco", "Unocal", "Pennzoil", "Exxon" dos Estados Unidos da América, "British Petroleum", "Remco" da Grâ - Bretanha, "LUKOIL" da Rússia, "Statoil" da Noruega, "Turkish Petroleum" da Turquia, "Delta" da Arábia Saudita e "Itochi" do Japão. Juntos com a Companhia Estatal de Petróleo do Azerbaijão elas formaram a Companhia Operacional Internacional do Azerbaijão. Esta companhia iniciou os trabalhos práticos do projeto, que incluía o contrato em si, e dentro de 3 anos todo cronograma de atividades foi concluído. Assim, com todas as obras necessárias sendo feitas e com uma poderosa plataforma petrolífera sendo construída no campo petrolífero "Chirag", foram iníciados aos trabalhos de extração do petróleo.

Hoje nos reunimos aqui para uma cerimônia solene de celebração pelos resultados do "Contrato do Século" executados nos últimos 3 anos. Estamos celebrando as extrações iniciais do petróleo relacionado ao contrato, o que é um grande evento. Quero parabenizar de todo meu coração a você, povo azerbaijano e a todos os cidadãos do Azerbaijão por este evento histórico e significativo. Quero desejar a todos vocês e a República do Azerbaijão votos de boa sortee prosperidade.

Muitos convidados vieram ao Azerbaijão para participar deste importante evento. Nossos convidados representam os países e as companhias incluídas no primeiro contrato, o "Contrato do Século". Eles são representantes do alto escalão destas empresas e dos países aos quais elas pertencem, parceiros nos novos contratos e também no Consórcio estabelecido depois do primeiro contrato para a exploração conjunta das reservas petrolíferas do setor azerbaijano no Mar Cáspio. Quero de todo coração dar boas vindas a todos os visitantes que honraram ao Azerbaijão vindo para participar desta cerimônia. Sejam bem - vindos!

O Azerbaijão é um país petrolífero antigo e ficou conhecido internacionalmente como o país do petróleo. Eu gostaria de apresentar a vocês alguns dados históricos. Em 1847, o petróleo jorrou pela primeira vez na história mundial no Azerbaijão, em Baku, em uma área conhecida como Bibiheybat. Foi também em nosso país que pela primeira vez na história mundial o petróleo começou a ser extraído industrialmente.

No final do século XIX e no início do século XX, o Azerbaijão era o maior país produtor de petróleo do mundo. No início do século XX, o Azerbaijão, era responsável por mais de 50% da produção mundial. No século XX, o Azerbaijão desenvolveu-se muito como um país petrolífero. A indústria petrolífera azerbaijana tem o mérito de ter descoberto novas reservas petrolíferas nos territórios da União Soviética, especialmente nos territórios da Rússia. Não é por acaso que as grandes reservas petrolíferas no território russo foram chamadas "Segunda Baku", "Terceira Baku" e "Quarta Baku".

Durante a Segunda Guerra Mundial na luta contra o nazismo alemão, 75% do petróleo usado pela União Soviética foi extraído no Azerbaijão. Hoje temos muito orgulho em dizer que o povo azerbaijano e seus petroleiros possuem um imenso mérito na vitória sobre o nazismo alemão.

O Azerbaijão foi não foi apenas o país pioneiro no mundo na extração industrial do petróleo, mas foi também o primeiro país a dar os primeiros passos na exploração de petróleo no mar e em águas profundas. Na legendária região chamada "Rochas de Petróleo", 48 anos atrás, em novembro de 1949, uma fonte petrolífera jorrou pela primeira vez no Mar Cáspio. Foi assim que a indústria petrólifera foi iniciada e se desenvolveu no Mar Cáspio.

Os pesquisadores, petroleiros e outros especialistas azerbaijanos possuem o mérito de terem pesquisado os recursos minerais do Mar Cáspio, atividade na qual eles sempre estiveram na vanguarda, e de terem descoberto as reservas de gás e petróleo. Eu posso seguramente afirmar que a maioria dos campos petrolíferos do Mar Cáspio foram descobertas pelos pesquisadores e petroleiros azerbaijanos.

Os petroleiros azerbaijanos já alcançaram grandes êxitos na área de extração de petróleo no Mar Cáspio. Desde 1949 até agora, cerca de 420 milhões de toneladas de petróleo e 320 bilhões de metros cúbicos de gás tem sido extraídos no Mar Cáspio no Azerbaijão. Na área conhecida como "Rochas de Petróleo" um cais flutuante de dezenas de quilômetros foi construído onde diversas plataformas petrolíferas foram instaladas para a extração do petróleo. Os petroleiros azerbaijanos que trabalham no Mar Cáspio, em condições ardúas e severas, tem demonstrado heroismo e bravura e feito muito pela produção de petróleo no Mar Cáspio. Todas estas habilidades nas áreas científicas e técnicas, aliadas à uma base sólida de indústria petrolífera que foi instalada no país no passado, se tornaram o fundamento onde foi erguido o novo estágio da indústria petrolífera no Azerbaijão pós - independência.

Assim, através da vasta experiência de seus petroleiros e de uma sólida base industrial à disposição, o Azerbaijão pôde dar novos passos em direção à exploração do petróleo nas reservas das águas profundas do Mar Cáspio. Neste novo estágio, o Azerbaijão trabalha em parceria com as grandes companhias petrolíferas de diferentes partes do mundo. Como um resultado disso, em setembro de 1994 o primeiro contrato foi assinado. Na esteira deste contrato, nos últimos 3 anos, novos contratos foram firmados com as grandes companhias petrolíferas mundiais para exploração conjunta de muitos outros campos petrolíferos localizados no setor azerbaijano do Mar Cáspio. Depois da assinatura do primeiro contrato, 8 novos acordos foram firmados para a exploração conjunta dos campos de petróleo e gás natural. Nestes novos contratos visando a exploração conjunta das reservas de petróleo no setor azerbaijano do Mar Cáspio, participam 20 grandes corporações de petróleo pertencentes a 12 países diferentes.

Assim, o Azerbaijão, que foi o primeiro país a dar os primeiros passos no descobrimento e exploração das reservas petrolíferas do Mar Cáspio, é agora também no fim do século XX e limiar do século XXI, o país que tem tomado as iniciativas importantes no uso das imensas reservas desta região tão importante não apenas ao Azerbaijão, mas também para os países da bacia do Cáspio e para a economia mundial. O resultado disto tudo foram as grandes obras realizadas nos últimos 3 anos.

Quero declarar com imensa satisfação que o Mar Cáspio tem despertado interesse no mundo inteiro. Muitas companhias tem nos oferecido parceria para as explorações das reservas petrolíferas no setor azerbaijano do Mar Cáspio. Também tenho imensa satisfação em dizer que os outros países às marges do Cáspio como Rússia, Cazaquistão, Turcomenistão e Irã já iniciaram as obras de exploração nos seus respectivos setores. Eu espero que essas atividades sejam coroadas de sucesso.

Os recursos energéticos do Mar Cáspio são muito importantes para a humanidade e eles serão usados tendo em vista o seu progresso.

Hoje estamos aqui reunidos neste evento relacionado às primeiras extrações do petróleo previstas no primeiro contrato. Hoje é também um grande feriado nacional na República do Azerbaijão, o segundo aniversário de adoção da primeira constituição democrática do país no período pós - independência.

Quero parabenizar a todos vocês, cidadãos do Azerbaijão, por ocasião deste feriado que marca a adoção da Constituição da República do Azerbaijão. Quero desejar a todos vocês sucesso na construção de um Estado secular e democrático fundamentado nesta Constituição.

Hoje, celebramos ao mesmo tempo o dia da Constituição, data preciosa para o Azerbaijão, e os resultados iniciais da exploração petrolífera nas reservas do Mar Cáspio efetuadas nos últimos 3 anos. Estes dois eventos estão interligados. Porque foi apenas após a conquista de sua independência é que o Azerbaijão e seu povo se tornaram os verdadeiros donos de suas riquezas e ganharam o direito de usar estas riquezas de acordo com seus próprios interesses. O Azerbaijão, como um país independente, orquestrou a assinatura de um contrato, o "Contrato do Século", com muitos países e empresas petrolíferas mundiais. Como um país independente, o Azerbaijão adotou sua primeira Constituição. Este é o processo de construção de um estado democrático no Azerbaijão. Estes eventos estão interligados e se completam.

Hoje estamos reunidos aqui para celebrar as primeiras extrações de petróleo no campo petrolífero "Chirag". Hoje de manhã nós fomos helicóptero à plataforma instalada naquele campo petrolífero, onde pudemos conhecer as obras ali realizadas. É realmente um milagre que algo assim tenha sido criado no meio do mar.

Cais flutuantes e plataformas no mar não são nenhuma surpresa para os azerbaijanos. Eu espero que nossas visitantes possam ir de helicóptero ao campo petrolífero "Chirag" e confirmar o que estou falando. Durante o vôo da costa até à plataforma do "Chirag", pude ver do helicóptero muitas plataformas espalhadas no Mar Cáspio como também apartamentos e casas construídas nas "Rochas de Petróleo", o imenso cais flutuante. Tudo isso foi construído pelo povo azerbaijano. Por isso, eles não nos causam surpresa. Mas por outro lado, a plataforma construída nos últimos 3 anos no campo petrolífero "Chirag" é realmente um milagre, algo verdadeiramente surpreendente. A estrutura é completamente diferente das outras plataformas e cais flutuantes no Mar Cáspio, por suas modernas tecnologias e modernas condições de operação. Qualquer pessoa que vê esta plataforma pela primeira vez fica admirada. É uma imensa estrutura, como uma imensa fábrica, ou posso mesmo dizer como uma grande cidade. As pessoas vivem e trabalham na área. Estas são as pessoas que iniciaram o trabalho de exploração e extração de petróleo lá.

Esta obra tem uma valor econômico, político e moral. O valor econômico desta obra que iniciamos este ano consiste nos grandes lucros para o Azerbaijão e também para as empresas da parceria conosco, tanto no presente como no futuro. O seu valor moral e político está no fato de que junto com as mais modernas tecnologias do mundo que introduzimos no projeto, vieram profissionais altamente qualificados de diversas partes do mundo para trabalhar lado a lado com os petroleiros do Azerbaijão. Isto nos satisfaz imensamente. Este é apenas o início, por sinal um excelente início, de muitas obras que serão realizadas no futuro.

O trabalho realizado nos últimos 3 anos é digno de apreciação. Uma imensa plataforma foi construída no campo petrolífero "Chirag". Em uma área cos profundidade chega a 120 metros, foi perfurado um poço de 3 mil metros de profundidade de onde o petróleo é extraído. De acordo com o cronograma desta plataforma, um segundo poço será perfurado em breve. Em senvida disso, 8 novos poços até atingir um total de 24 no futuro. O volume anual de petróleo a ser extraído nesta plataforma será de cerca de 6 milhões de toneladas.

Em conexão com esta plataforma, e devido ao trabalho realizado nos últimos 3 anos, os fundamentos para o início das extrações e exportações foi lançado. Um oleoduto de 176 quilômetros que liga esta plataforma até a costa foi construído. O petróleo extraído da plataforma "Chirag" já está escoando através deste oleoduto até à costa. Junto com o petróleo, o gás natural está sendo extraído daqueles poços. Um gasoduto de 48 quilômetros de extensão foi construído nas "Rochas do Petróleo" para transportar o gás produzido na plataforma "Chirag". O gás será transportado até lá e depois até à costa para ser usado. Um grande e complexo terminal foi construído na costa, em Sangachal, próximo de Baku. Eu será responsável pela captação da produção de gás e pela sua transferência para os mercados estrangeiros. Isto significa que a questão relacionada ao recebimento e escoamento da produção petrolífera na costa já resolvido. Um oleoduto já foi construído para que esta produção de petróleo alcance os mercados mundiais.

É do conhecimento de todos que dentro do prazo planejado estaremos construindo 2 novos oleodutos para exportação do petróleo extraído no setor azerbaijano do Mar Cáspio. O primeiro oleoduto deverá passar através do território da Rússia até ao porto de Novorossiysk no Mar Negro. O segundo oleoduto atravessará o território da Geórgia até ao porto de Supsa também no Mar Negro.

Depois de muitas dificuldades, os problemas relacionados ao primeiro oleoduto foram resolvidos. A extensão deste oleoduto no território azerbaijano é de 230 quilômetros e sua extensão final até Novorossiysk será de 1400 quilômetros. Como resultado de obras feitas no território russo, os obstáculos da região norte do Cáucaso foram superados. No dia 25 de outubro deste ano, as obras cruzaram pela primeira a fronteira entre o Azerbaijão e a Rússia. De acordo com uma messagem que recebemos hoje de manhã, os trabalhos já estão passando pela cidade de Groznyy. Eu espero que em um futuro bem próximo elas atinjam a cidade portuária de Novorossiyk. Na realidade, fomos informados hoje de manhã que as obras do oleoduto chegarão ao porto de Novorossiysk em fevereiro do ano que vem, quando finalmente a escoação da produção da plataforma "Chirag" será finalmente iniciada. Estas atividades estão sendo realizadas simultaneamente.

As experiências do passado me treinaram para uma série de eventos. Algumas vezes uma parte de uma obra é concluída, mas uma outra parte, devido a erros e falhas, não produz os resultados esperados. Contudo, aqui o trabalho está sendo realizado como um todo onde todas as partes funcionam em harmonia.

O segundo oleoduto está sendo construído através do território da Geórgia. A direção da Companhia Operacional Internacional do Azerbaijão nos informou que este oleoduto estará pronto em setembro do ano que vem. Dessa maneira, não apenas o petróleo extraído do campo petrolífero "Chirag", mas também de outros campos, poderá alcançar os mercados mundiais seguindo duas direções.

Certamente, todas estas obras executadas foram realizadas pelas companhias incluídas no Consórcio e com o capital daquelas empresas. Sob a supervisão da Companhia Operacional Internacional, os acionistas do Consórcio investiram, nos trabalhos levados adiante nestes últimos 3 anos, uma soma de mais de 1 bilhão de dólares. Isto por si só já é um fato significante. É possível que o valor de 1 bilhão de dólares seja considerado um valor pequeno para alguns países. Mas em um trabalho realizado em parceria, este valor investido em período de 3 anos, é motivo de muita alegria e satisfação para nossa região e para o Azerbaijão.

Quero informar que todas estas obras tem atraído muitas companhias mundiais ao Azerbaijão e que estas empresas já estão atuando no país. Mais de 400 empresas estão envolvidas nas obras de execução do programa do primeiro contrato. Estas empresas são de diversos países. Euas empresas estão usando parte do volume do investimento de 1 bilhão de dólares, o que significa que todos se beneficiam com isto. Entre elas existem muitas empresas dos Estados Unidos da América, da Grã - Bretanha e de outros países europeus. E com grande satisfação quero anunciar que, entre as empresas que trabalham conosco nesta parceria, 72 delas esta envolvidas com projetos indústriais ou de construção. O volume de negócio destas empresas chegam ao valor de 163 milhões de dólares.

Assim, muitos países e empresas estrangeiras, pesquisadores, especialistas e profissionais altamente qualificados estão trabalhando na indústria petrolífera azerbaijana. Todos eles estão diretamente ligados às obras de execução deste contrato. Nós estamos muito contentes que a quantidade de profissionais altamente qualificados que trouxemos do exterior esteja sendo reduzida. O número de profissionais azerbaijanos com alta qualificação envolvidos na execução destas obras tem crescido diariamente. Este é um processo natural. O Azerbaijão possui um enorme potencial científico e técnico na indústria petrolífera. O que precisamos é fazer uso deste potencial. Isto é por sinal muito mais lucrativo do ponto de vista comercial.

Quero uma vez mais enfatizar que nosso trabalho tem revelado ao mundo os imensos recursos energéticos do Mar Cáspio. Quero informá-los que 9 contratos relacionados às reservas petrolíferas do setor azerbaijano foram assinados. O volume de capital do primeiro contrato é estimado em 8 bilhões de dólares. Se somarmos todos os contratos assinados, os investimentos planejados chegam à soma de 30 bilhões de dólares. Todo este investimento será destinado para as reservas petrolíferas do setor azerbaijano do Mar Cáspio. Contudo, existem ainda outras ricas reservas petrolíferas em setores que pertencem a outros países na bacia do Cáspio. Eu penso que o trabalho feito no setor azerbaijano tem sido uma fonte de encorajamento para que eles comecem a explorar suas respectivas áreas. Nós estamos dispostos a trocar experiências com os outros países da bacia do Cáspio e a ajudá-los na exploração dos recursos energéticos presentes agvi.

Ao falar sobre todas estas atividades, quero expressar minha gratidão a todas as companhias incluídas no primeiro contrato e pelo seu trabalho na execução dos contratos assinados. Quero agradecer a todos os especialistas e petroleiros do exterior e do Azebaijão por suas atividades junto à Companhia Operacional Internacional.

Quero também expressar minha gratidão à direção da Companhia Operacional Internacional, e em particular ao seu diretor senhor Terry Adams, aos representantes da empresa "British Petroleum". Eu acho que o trabalho de parceria que realizamos com eles nos últimos 3 anos abre muitas perspectivas para o futuro. Nós estamos abertos para trabalhar junto com todas as empresas atuantes no Azerbaijão, e com todos os países aos quais elas pertencem, para outros projetos no futuro.

O nosso desejo é que os países da bacia do Cáspio possam fazer uso dos recursos energéticos presentes em seus setores. Nós sempre procuramos apoiar nossos países vizinhos em suas ativades e estamos prontos para a cooperar com eles e a trocar experiências na área de exploração petrolífera.

Como destaquei antes, o Mar Cáspio se tornou conhecido como uma das áreas de petróleo mais ricas do mundo. Na outra costa do Mar Cáspio, em territórios dos países da Ásia Central, existem também imensas reservas petrolíferas. O exploração e uso destas reservas, tanto as do mar como as da terra, é o nosso alvo no futuro. Nós queremos contribuir para a concretização destes objetivos. Este trabalho é de fundamental importância para a criação de uma política econômica para o século XXI.

Todos os contratos foram assinados por um período de aproximadamente 30 anos. Contudo, eu espero que estes contratos durem até mais do que os 30 anos estabelecidos. Na minha opinião, os contratos assinados pela República do Azerbaijão com as grandes corporações internacionais de petróleo serão um dos mais importantes documentos do século XXI tanto para o Azerbaijão quanto para aquelas empresas. Nós estamos no limiar de um futuro feliz e próspero. Nós já lançamos as bases deste futuro. Hoje esta cerimômia é dedicada a isso. Por isso, quero desejar ao povo azerbaijano, aos povos dos países da bacia do Mar Cáspio, a todos os países e empresas que almejam usufruir dos recursos energéticos do Mar Cáspio, muito sucesso nas suas atividades neste século XXI.

Nós temos diante de nós mais uma questão importante. Esta questão é a exportação do petróleo que será extraído no futuro. Conforme já mencionei, é bastante conhecido o fato de que no primeiro contrato estava previsto a construção de 2 oleodutos para a exportação da produção petrolífera. Contudo, em nosso primeiro contrato também estava prevista a construção do grande e principal oleoduto. Ele é mencionado em um contrato. Contudo, hoje já temos 8 contratos assinados, que serão 9, se incluirmos o contrato referente a "Kurdashi", que está prestes a ser firmado. Estes contratos prevêem um grande volume de trabalho que, quando levados adiante a pleno vapor, produzirão centenas de milhões de toneladas de petróleo. Por exemplo, de acordo com nossos cálculos iniciais, através do trabalho previsto nestes contratos, depois de 5 a 6 anos, serão extraídos cerca de 50 a 60 milhões de tonelas de petróleo no Azerbaijão. A construção do oleoduto principal e de outros oleodutos alternativos será uma necessidade. Este é agora um dos principais objetivos que temos diante de nós.

Quero dizer que, infelizmente, esta é agora uma das questões que têm causado muita disputa e gerado várias opiniões diferentes na arena internacional. Tem havido muita discussão sobre quais países o oleoduto deve atravessar e para qual direção deve seguir o petróleo azerbaijano. Certamente, o cerne destas questões é a sua viabilidade econômica. Por exemplo, eu conversei muitas vezes com os acionistas do primeiro. Eles levam seriamente a questão econômica nas discussões deste assunto. O principal oleoduto exportador pode seguir tanto a rota norte como a rota sul ou oeste, já que impossível seguir a rota leste. Qual destas rotas é mais viável do ponto de vista econômico? Qual delas é segura e completamente confiável? Sem dúvida alguma, todas estas questões precisam ser cuidadosamente consideradas. Em primeiro lugar, as companhias petrolíferas e o Consórcio deverão expressar claramente suas opiniões sobre o assunto. Certamente, nós temos também que expressar nossas idéias a respeito.

Atualmente existem 2 oleodutos. Existe muita discussão a respeito da rota do oleoduto principal, com questões sobre para onde o mesmo deve seguir, se para o sul ou para o norte ou se irá ao Mar Negro. Questões sobre onde deve atravessar, se através do território turco na parte norte, ou se através do território russo. Quero dizer uma vez mais, que nós precisamos discutir tudo isso.

Existe ainda uma outra questão. Existem grandes reservas petrolíferas no Cazaquistão. O petróleo está sendo extraído lá. A companhia americana "Chevron" extraí petróleo do campo petrolífero "Tengiz" e está procurando uma via exportadora para esta produção. A empresa "Chevron" nós procurou para conversar sobre o assunto. Nós acertamos que o petróleo da "Chevron" será transportado do porto de Aktau no Cazaquistão no Mar Cáspio até Baku por navios petroleiros e daqui seguirá de trem, através do território da Geórgia, até ao porto de Batumi no Mar Negro. Desde março até agora cerca de 500 mil toneladas de petróleo produzido pela "Chevron" tem sido transportado usando esta rota. Eu acho que estes números irão aumentar no ano que vem, quando provavelmente serão exportados 2 milhões de toneladas. Por isso, no verão passado um acordo foi assinado entre os presidentes do Cazaquistão e do Azerbaijão para a construção de um oleoduto do porto de Aktau até Baku no subsolo do Mar Cáspio. Nós já acertamos todos os detalhes deste acordo. Isto é de fundamental importância para o petróleo do Cazaquistão. Nossos terminais petrolíferos e oleodutos estão indo tanto na direção norte como na oeste, o que nos possibilita exportar o petróleo que estamos produzindo. Por isso, eu espero que a solução para esta questão se torne um dos mais importantes passos para exportação mercados mundiais do petróleo que está sendo e que será produzido no futuro.

Além disso, nós também negociamos a construção de um gasoduto ligando o Turcomenistão ao Azerbaijão. O acordo foi assinado em maio deste ano em Ashgabat. Se esta questão for resolvida, trará grandes benéficio aos países ocidentais.

Os países localizados na bacia do Mar Negro como por exemplo Geórgia, Ucrânia, Bulgária, Romênia e outros mais longínquos como Grégia e países europeus também querem usufruir do petróleo extraído no Mar Cáspio. Por isso, se nós tivermos condições de transportar o petróleo usando estes oleodutos até a Turquia, na costa do Mar Negro ou até a Geórgia, com certeza estes países serão beneficiados. Eles têm demonstrado grande interesse no petróleo produzido no Mar Cáspio.

Tudo isso precisa ser cuidadosamente cauculado. No nosso primeiro projeto, estava prevista a construção do principal oleoduto exportador, o oleoduto Baku - Ceyhan.

De fato, os investidores e acionistas falam deste oleoduto com grande entusiasmo. Eles precisam descobrir os aspectos econômicos deste oleoduto. Nós estamos confiantes de que esta rota se tornará a principal linha de exportação do petróleo do Azerbaijão e do Mar Cáspio. Portanto, nós também apoiamos hoje, como já fizemos anteriormente, a construção deste oleoduto. Contudo, sem dúvida alguma, a decisão final para esta questão dependerá das companhias envolvidas no Consórcio e dos acionistas.

Hoje o vice Primeiro Ministro da República da Rússia Boris Nemtsov sugeriu a construção de novos oleodutos através do território da Federação russa seguindo a rota norte. Esta é uma questão que pode ser considerada e discutida. É possivel que trabalhemos também seguindo outras direções. De qualquer maneira, eu acho que ainda precisamos fazer muita coisa e ainda construir muitos outros oleodutos para a exportação da produção petrolífera no setor azerbaijano do Mar Cáspio e nos setores pertencentes ao países da Ásia Central, particularmente o Cazaquistão. Nós estamos prontos para participar ativamente destas obras.

Todo o trabalho que realizamos até agora tem conduzido para a criação de um novo corredor de transporte entre a Ásia e a Europa. A questão da restauração da antiga Rota da Seda já tem sido considerada e debatida. No ano passado, nós assinamos um acordo cujo objetivo é a criação de um corredor de transporte saindo da Ásia Central, cruzando o Mar Cáspio, passando pelos terrítórios do Azerbaijão e Geórgia até ao Mar Negro e dali à Europa. As obras deste corredor de transportes já foram iniciadas. Já existem carregamentos sendo feitos entre a Ásia Central e Europa e vice - versa. Esta é uma rota extremamente vantajosa do ponto de vista comercial. As cargas são transportadas em balsas pertencentes ao Azerbaijão através do Mar Cáspio. Do território do Azerbaijão até a Geórgia até ao Mar Negro, elas são levadas de trem. Através de navios de carga que saem do Mar Negro estas cargas chegam até a Europa. Este corredor de transporte é muita importância para o futuro. Nós temos apoiado e cooperado com todos os países que participam deste corredor de transporte e continuaremos a fazê-lo no futuro.

Na minha opinião, tanto os oleodutos como o corredor de transporte entre a Ásia e a Europa irá promover unidade econômica entre estes países e fortalecer ainda mais a comunicação entre eles.

Prezados senhoras e senhores!

A celebração e o sucesso que estamos comemorando só se tornou possível depois que o Azerbaijão conquistou sua independência. Hoje estamos vendo os frutos que a indepedência produziu no Azerbaijão.

Quando assinamos este grande contrato petrolífero em setembro de 1994, nós demostramos ao mundo que o Azerbaijão era um país independente, que era o dono de suas próprias riquezas e que havia tomado a decisão de usá-las de maneira soberana. Depois de 3 anos, nós declaramos, uma vez mais, que a independência do Azerbaijão é inabalável e eterna e que nós já estamos colhendo seus preciosos frutos.

O trabalho que estamos fazendo hoje é tem em vista o século XXI e as futuras gerações. Hoje nós celebramos o início das extrações do petróleo previsto no contrato. No ano que vem, teremos extraído mais de 2 milhões de toneladas do campo petrolífero "Chirag". Em breve, serão 5 milhões de tonelas, e daqui 5 ou 6 anos este valor chegará à cifra de 40 - 50 milhões de toneladas de petróleo. Depois disso, a produção irá alcançar números ainda maiores. Assim, no século XXI a econômia do Azerbaijão será restaurada e crescerá graças à indústria petrolífera.

Nós enxergamos esta como uma oportunidade de ouro não apenas para a indústria petrolífera, mas também para todas as áreas da economia do Azerbaijão. Ela é de fundamental importância para a consolidação da indepedência do Azerbaijão e para o desenvolivmento da economia de mercado no nosso país. Nós queremos aproveitar todas as oportunidades e fazer uso de todos os seus potenciais.

Esta cerimômia, uma vez mais demonstra, que as portas do Azerbaijão estão abertas à economias mundiais. Cada dia que passa, o Azerbaijão se torna cada vez mais sintonizado com os mercados internacionais. O país está construindo sua economia sobre o fundamento da economia de mercado e de continuará neste rota no futuro. Os resultados desta opção já podem ser claramentos vistos no país.

Quero fornecer-lhes algumas informações adicionais. As reformas e a construção de um estado democrático na economia do nosso país nos últimos anos, já reverteu a tendência de declínio que era presente na econonia 6 anos atrás. Hoje a nossa economia começou a crescer. No ano passado o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,3% e este ano este crescimento será de 5%. A produção industrial naquela ocasião havia sofrido uma queda de 20 - 25%. Hoje este declínio foi revertido. Nos primeiros 9 meses deste ano, já foi registrado um crescimento de 1% na produção industrial. Em 1994, a taxa anual de inflação no Azerbaijão era de 1600%. No ano passado, esta taxa foi reduzida a 6%. Neste ano, até o presente momento esta taxa caiu a zero.

As reformas econômicas estão sendo implantadas no Azerbaijão. Uma nova legislação sobre as terras do país foi adotada, com a transferência das terras do Estado para proprietários privados. Hoje todas as terras do país pertecem à propriedade privada. Outras propriedades estatais foram privatizadas e já estão produzindo resultados positivos. O mercado foi aberto aos investimentos estrangeiros. Nos últimos 9 meses houve um crescimento de 30% no número das empresas que foram adquiridas pelo capital externo. Neste ano, estamos planejando a captação de capital externo da ordem de 1 bilhão e 500 milhões de dólares para nossa economia. Deste volume, 1 bilhão será de capital estrangeiro.

Tudo isto são resultados do processo democrático e das mudanças na economia em direção a um livre mercado no Azerbaijão. Este crescimento balanceado da economia do Azerbaijão faz com ela esteja atrelada às economias mundiais.

Isto nos agrada bastante. É natural que eu me sinta na responsabilidade de, com muita alegria no coração, poder compartilhar estes fatos com todos os visitantes que participam desta cerimônia.

Uma vez mais, quero congratular a todos nesta ocasião por este significante e histórico evento. Quero desejar todo o sucesso aos petroleiros azerbaijanos, às companhias petrolíferas, aos especialistas e economistas e todos àqueles que trabalham conosco no Azerbaijão atualmente e também no futurto.

Muito obrigado.